terça-feira, 25 de agosto de 2015

VELHA PORTEIRA

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VELHA PORTEIRA
Lourenço e Lourival

Ao passar pela velha porteira
Senti minha terra mais perto de mim
De emoção eu estava chorando
Porque minha angústia chegava ao fim

Eu confesso que era meu sonho
Rever a fazenda onde me criei
Não via chegar o momento de abraçar de novo
Meu querido povo que um dia eu deixei

Que surpresa cruel me aguardava
Ao ver a fazenda como transformou
Quase todos dali se mudaram
E a velha colônia deserta ficou

Os amigos que ali permanecem
Transformaram tanto que nem conheci
E eles não me conheceram e nem perceberam
Que os anos passaram e eu envelheci

E você, minha velha porteira
Também não está como outrora deixei
Seus mourões pelo tempo roídos
No solo caídos também encontrei

Já não ouço as suas batidas
Seu triste rangido lembranças me traz
Porteira na realidade, você é a saudade
Do tempo da infância que não volta mais

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