terça-feira, 25 de agosto de 2015

VELHA PORTEIRA

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VELHA PORTEIRA
Lourenço e Lourival

Ao passar pela velha porteira
Senti minha terra mais perto de mim
De emoção eu estava chorando
Porque minha angústia chegava ao fim

Eu confesso que era meu sonho
Rever a fazenda onde me criei
Não via chegar o momento de abraçar de novo
Meu querido povo que um dia eu deixei

Que surpresa cruel me aguardava
Ao ver a fazenda como transformou
Quase todos dali se mudaram
E a velha colônia deserta ficou

Os amigos que ali permanecem
Transformaram tanto que nem conheci
E eles não me conheceram e nem perceberam
Que os anos passaram e eu envelheci

E você, minha velha porteira
Também não está como outrora deixei
Seus mourões pelo tempo roídos
No solo caídos também encontrei

Já não ouço as suas batidas
Seu triste rangido lembranças me traz
Porteira na realidade, você é a saudade
Do tempo da infância que não volta mais

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EM GUAREÍ - CERRADO

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EM GUAREÍ 
CERRADO


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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Chora Viola

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Chora Viola 

Eu não caio do cavalo nem do burro e nem do galho 
Ganho dinheiro cantando a viola é meu trabalho 
No lugar onde tem seca eu de sede lá não caio 
Levanto de madrugada e bebo pingo de orvalho 
Chora viola 
Não como gato por lebre não compro cipó por laço 
Eu não durmo de botina não dou beijo sem abraço 
Fiz um ponto lá na mata caprichei e dei um nó 
Meus amigos eu ajudo inimigo eu tenho dó 
Chora viola 
A lua é dona da noite o sol é dono do dia 
Admiro as mulheres que gostam de cantoria 
Mato a onça e bebo o sangue furo a terra e tiro o ouro 
Quem sabe agüenta saudade não agüenta desaforo 
Chora viola 
Eu ando de pé no chão piso por cima da brasa 
Quem não gosta de viola que não ponha o pé lá em casa 
A viola está tinindo cantador tá de pé 
Quem não gosta de viola brasileiro bom não é 
Chora viola

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Caipira

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Caipira 
Compositor: Joel Marques / Maracaí

O que eu visto não é linho
Ando até de pé no chão
E o cantar de um passarinho
É pra mim uma canção
Vivo com a poeira da enxada
Entranhada no nariz
Trago a roça bem plantada
Pra servir o meu país

Refrão:
Sou, sou desse jeito e não mudo
Na roça nós tem de tudo
e a vida não é mentira
Sou, sou livre feito um regato
Eu sou um bicho do mato
Me orgulho de ser caipira

Doutor eu não tive estudo
Só sei mesmo é trabalhar
Nessa casa de um matuto
É bem vindo quem chegar
Se tenho as mãos calejadas
É do arado rasgando o chão
Se a minha pele é queimada
É o sol forte do sertão

Refrão:
Sou, sou desse jeito e não mudo ...

Enquanto alguns fazem guerra
Trazendo fome e tristeza
Minha luta é com a terra
Pra não faltar pão na mesa
As vezes vou a cidade
Mas nem sei falar direito
Pois caipira de verdade
Nasce e morre desse jeito

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CAFÉ COADO NA HORA

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Jeito Caipira
Gino & Geno

Mulher pra me ganhar, ela tem que gostar do meu jeito caipira
Não mexer na muringa onde eu guardo minha pinga com sucupira
Quando eu chegar do mato, catar carrapato em meu corpo cansado
Não fazer enjoeiro quando sentir cheiro de bosta de gado
Refrão
Eu quero uma mulher que ainda reze com fé um um pai nosso perfeito
Eu não sou primitivo, é que eu acho que eu vivo melhor desse jeito

Eu quero uma mulher que ainda coe o café num coador de pano
Que vergonha não tenha de um fogão à lenha, o teto enfumaçando
Não precisa saber de tudo fazer, mas de duas coisas não abro
De noite o prazer e de dia fazer um franguinho com quiabo

Refrão 1x

Você pode pensar que eu não vou me casar, que essa coisa não vira
Que eu não vou encontrar uma mulher pra aceitar o meu jeito caipira
Quer saber o que eu acho?
Se não for nos braços de uma mulher
Uma coisa consola: o braço da viola, a viola
me quer

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MOI DI REPOI NU AI.....

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MOI DI REPOI NU AI.....



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CALANGUINHO

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CALANGUINHO



( FALANDO EM CALANGO, ... )
Calango do Juá
Pirapó E Cambará
Calangodango no calango do juá
Nunca vi dançar calango
Sem o corpo balançar...

O calango pra ser bom
Tem que ter um remexido
A mulher pra ser honesta
Tem que ter um bom marido
Os homens conquistador
Todos são muito atrevidos...

Calangodango no calango do juá
Nunca vi dançar calango
Sem o corpo balançar...

E se tomar muita cachaça
Tira a gente do zumbido
Um tapa pra derrubar
Tem que ser no pé do ouvido
E a dor quando é demais
Se conhece no gemido...

Calangodango no calango do juá
Nunca vi dançar calango
Sem o corpo balançar...

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