segunda-feira, 23 de novembro de 2015

JOÃO-DE-BARRO

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João de Barro
Sérgio Reis
  
O João de Barro, pra ser feliz como eu
Certo dia resolveu arranjar uma companheira
No vai-e-vem, com o barro da biquinha
Ele fez sua casinha lá no galho da paineira

Toda manhã, o pedreiro da floresta
Cantava fazendo festa, pra aquela quem tanto amava
Mas quando ele ia buscar o raminho
Pra construir seu ninho o seu amor lhe enganava

Mas neste mundo o mal feito é descoberto
João de Barro viu de perto sua esperança perdida
Cego de dor, trancou a porta da morada
Deixando lá a sua amada presa pro resto da vida

Que semelhança entre o nosso fadário
Só que eu fiz o contrario do que o João de Barro fez
Nosso senhor me deu força nessa hora
A ingrata eu pus pra fora, por onde anda eu não sei
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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Caboclo Na Cidade

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Caboclo Na Cidade 
Compositor: dino franco
Seu moço eu já fui roceiro No triângulo mineiro
Onde eu tinha o meu ranchinho.
Eu tinha uma vida boa Com a Isabel minha patroa
E quatro barrigudinhos.

Eu tinha dois boi carreiros Muito porco no chiqueiro
E um cavalo bom, arriado.
Espingarda cartucheira Quatorze vaca leiteira
E um arrozal no banhado.

Na cidade eu só ia A cada quinze ou vinte dias 
Para vender queijo na feira.
E no demais estava folgado
Todo dia era feriado, pescava a semana inteira.
Muita gente assim me diz
Que não tem mesmo raíz Essa tal felicidade
Então aconteceu isso
Resolvi vender o sítio Pra vir morar na cidade.

Minha filha Sebastiana
Que sempre foi tão bacana Me dá pena da coitada.
Namorou um cabeludo
Que dizia Ter de tudo Mas foi ver não tinha nada.
Se mandou para outras bandas
Ninguém sabe onde ele anda E a filha está abandonada.
Como dói meu coração
Ver a sua situação Nem solteira e nem casada.

Até mesmo a minha velha
Já está mudando de idéia tem que ver como passeia.
Vai tomar banho de praia
Está usando mini-saia E arrancando a sombrancelha.
Nem comigo se incomoda
Quer saber de andar na moda Com as unhas todas vermelhas.
Depois que ficou madura
Começou a usar pintura Credo em cruz que coisa feia.

Voltar "pra" Minas Gerais
Sei que agora não dá mais Acabou o meu dinheiro.
Que saudade da palhoça
Eu sonho com a minha roça No triângulo mineiro.
Nem sei como se deu isso
Quando eu vendi o sítio Para vir morar na cidade.
Seu moço naquele dia
Eu vendi minha família E a minha felicidade!




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No Lugar Aonde Eu Moro

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No Lugar Aonde Eu Moro 
Compositor: Zé do Rancho e Ricieri Faccioli

No lugar aonde eu moro eu levo uma vida boa
Não há uma só pessoa que eu não tenha amizade
Onde a natureza canta na mais perfeita harmonia
Ela que faz os meus dias na maior tranquilidade

No lugar aonde eu moro precisa ver que paisagem
Se quiser faça viagem para um dia conhecer
Já chamei de meu recanto o meu sítio, meu paraíso
Mas acho que é preciso de outras coisas dizer

No lugar aonde eu moro a lua nasce mais cedo
Lá o céu não tem segredo, toda a beleza se vê
O clarão que vem do céu dos astros do infinito
Precisa ver que bonito pra nunca mais esquecer

No lugar aonde eu moro tem tudo que um dia quis
Lá eu vivo bem feliz sem companhia dos meus
Tenho a beleza das flores, respiro o ar perfumado
É meu cantinho adorado abençoado por Deus


Link: http://www.vagalume.com.br/ze-do-rancho-ze-do-pinho/no-lugar-aonde-eu-moro.html#ixzz3mWcFsUqm

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Meu Sítio, Meu Paraíso

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Meu Sítio, Meu Paraíso 


Quanto mais o tempo passa, mais aumenta a vontade
De deixar esta cidade e voltar pro interior
No lugar de fumaceira, desta vida agitada
Quero andar pela invernada e sentir cheiro de flor

É isso que vou fazer, não fico mais indeciso
Volto a viver no mato, meu sítio, meu paraíso

Aos domingos lá no sítio é daqui bem diferente
A gente passa contente, arrodeado de amigos
Pescando e jogando malha, oh! tanta felicidade
É por isso que a saudade até hoje está comigo

É isso ...

De manhã quando levanto, não me levanto sozinho
Pois escuto os passarinhos, alegrando as madrugadas
Feliz vou lá pro curral, recolho as vacas leiteiras
Eu adoro a barulheira e mugir da bezerrada

É isso ...

Quando é de tardezinha, pego a traia de pescar
Com a matula no embornal, eu vou lá pro ribeirão
Jogo farelo no poço, a peixarada se assanha
Só eu que conheço a manha pego peixe de montão

É isso ...
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Carro de Boi

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Carro de Boi 

Compositor: Tonico E Tinoco

Meu véio carro de boi
Pouco a pouco apodreceno
Na chuca sor e sereno
Sozinho aqui desprezado
Hoje ninguém mais se alembra
Que ocê abria picada
Abrindo novas estrada
Formano vila e povoado

Meu véio carro de boi
Trabaiaste tantos ano
O progresso comandano
No transporte do sertão
Hoje é um traste véio
Apodreceu no relento
No museu do esquecimento
Na consciência do patrão

Meu véio carro de boi
A sua cantiga amarga
No peso bruto da carga
O seu botão rigidô
Meu véio carro de boi
Quantas coisa ocê retrata
A estrada e a verde mata
E o tempo do meu amor

Meu véio carro de boi
É o fim da estrada comprida
Puxando a carga da vida
A mais pesada bagage
E abraçando ocabeçaio
O nome dos boi dizeno
O carreiro foi morreno
Chegou no fim da viage

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Caminheiro

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Caminheiro 
Compositor: Jack

Caminheiro que lá vai indo, no rumo da minha terra, 
por favor faça parada na casa branca da serra. 
Ali mora uma velhinha chorando um filho seu, 
essa velha é minha mãe e o seu filho sou eu.

Óh! Caminheiro, Leva este recado meu!

Por favor diga pra mãe zelar bem do que é meu, 
cuidar bem do meu cavalo que o finado pai me deu, 
o meu cachorro campeiro, meu galo índio brigador,
 minha velha espingarda e o violão chorador.

Óh! Caminheiro, Me faça este favor!

Caminheiro, diga pra mãe para não se preocupar, 
se Deus quiser este ano eu consigo me formar, 
eu pegando meu diploma vou trazer ela pra cá, 
mas se eu for mau nos estudos vou deixar 
tudo e volto pra lá.

Óh! Caminheiro, Não esqueça de avisar! (4x)

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Cavalo Zaino

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Cavalo Zaino 
Compositor: Raul Torres

Tenho meu cavalo Zaino que na raia é corredor, 
Já correu quinze carreira, todas quinze ele ganhou, 
Eu sorto na quadra e meia meu Zaino vem no galope, 
Chega três corpo na frente nunca precisa chicote, 
Oi, que cavalo bão, oi, que cavalo bão ! 

Tenho meu cavalo Zaino que na raia é corredor, 
Já correu quinze carreira, todas quinze ele ganhou, 
Quiseram comprar meu Zaino por trinta notas de cem, 
Não há dinheiro que pague o macho que eu quero bem, 
Oi, que cavalo bão, oi, que cavalo bão ! 

Tenho meu cavalo Zaino que na raia é corredor, 
Já correu quinze carreira, todas quinze ele ganhou, 
Um dia roubaram meu Zaino fiquei sem meu pareeiro, 
Meu Zaino na mão de outro nunca mais chega primeiro, 
Oi, que cavalo bão, oi, que cavalo bão !

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terça-feira, 25 de agosto de 2015

VELHA PORTEIRA

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VELHA PORTEIRA
Lourenço e Lourival

Ao passar pela velha porteira
Senti minha terra mais perto de mim
De emoção eu estava chorando
Porque minha angústia chegava ao fim

Eu confesso que era meu sonho
Rever a fazenda onde me criei
Não via chegar o momento de abraçar de novo
Meu querido povo que um dia eu deixei

Que surpresa cruel me aguardava
Ao ver a fazenda como transformou
Quase todos dali se mudaram
E a velha colônia deserta ficou

Os amigos que ali permanecem
Transformaram tanto que nem conheci
E eles não me conheceram e nem perceberam
Que os anos passaram e eu envelheci

E você, minha velha porteira
Também não está como outrora deixei
Seus mourões pelo tempo roídos
No solo caídos também encontrei

Já não ouço as suas batidas
Seu triste rangido lembranças me traz
Porteira na realidade, você é a saudade
Do tempo da infância que não volta mais

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EM GUAREÍ - CERRADO

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EM GUAREÍ 
CERRADO


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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Chora Viola

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Chora Viola 

Eu não caio do cavalo nem do burro e nem do galho 
Ganho dinheiro cantando a viola é meu trabalho 
No lugar onde tem seca eu de sede lá não caio 
Levanto de madrugada e bebo pingo de orvalho 
Chora viola 
Não como gato por lebre não compro cipó por laço 
Eu não durmo de botina não dou beijo sem abraço 
Fiz um ponto lá na mata caprichei e dei um nó 
Meus amigos eu ajudo inimigo eu tenho dó 
Chora viola 
A lua é dona da noite o sol é dono do dia 
Admiro as mulheres que gostam de cantoria 
Mato a onça e bebo o sangue furo a terra e tiro o ouro 
Quem sabe agüenta saudade não agüenta desaforo 
Chora viola 
Eu ando de pé no chão piso por cima da brasa 
Quem não gosta de viola que não ponha o pé lá em casa 
A viola está tinindo cantador tá de pé 
Quem não gosta de viola brasileiro bom não é 
Chora viola

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Caipira

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Caipira 
Compositor: Joel Marques / Maracaí

O que eu visto não é linho
Ando até de pé no chão
E o cantar de um passarinho
É pra mim uma canção
Vivo com a poeira da enxada
Entranhada no nariz
Trago a roça bem plantada
Pra servir o meu país

Refrão:
Sou, sou desse jeito e não mudo
Na roça nós tem de tudo
e a vida não é mentira
Sou, sou livre feito um regato
Eu sou um bicho do mato
Me orgulho de ser caipira

Doutor eu não tive estudo
Só sei mesmo é trabalhar
Nessa casa de um matuto
É bem vindo quem chegar
Se tenho as mãos calejadas
É do arado rasgando o chão
Se a minha pele é queimada
É o sol forte do sertão

Refrão:
Sou, sou desse jeito e não mudo ...

Enquanto alguns fazem guerra
Trazendo fome e tristeza
Minha luta é com a terra
Pra não faltar pão na mesa
As vezes vou a cidade
Mas nem sei falar direito
Pois caipira de verdade
Nasce e morre desse jeito

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CAFÉ COADO NA HORA

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Jeito Caipira
Gino & Geno

Mulher pra me ganhar, ela tem que gostar do meu jeito caipira
Não mexer na muringa onde eu guardo minha pinga com sucupira
Quando eu chegar do mato, catar carrapato em meu corpo cansado
Não fazer enjoeiro quando sentir cheiro de bosta de gado
Refrão
Eu quero uma mulher que ainda reze com fé um um pai nosso perfeito
Eu não sou primitivo, é que eu acho que eu vivo melhor desse jeito

Eu quero uma mulher que ainda coe o café num coador de pano
Que vergonha não tenha de um fogão à lenha, o teto enfumaçando
Não precisa saber de tudo fazer, mas de duas coisas não abro
De noite o prazer e de dia fazer um franguinho com quiabo

Refrão 1x

Você pode pensar que eu não vou me casar, que essa coisa não vira
Que eu não vou encontrar uma mulher pra aceitar o meu jeito caipira
Quer saber o que eu acho?
Se não for nos braços de uma mulher
Uma coisa consola: o braço da viola, a viola
me quer

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MOI DI REPOI NU AI.....

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MOI DI REPOI NU AI.....



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CALANGUINHO

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CALANGUINHO



( FALANDO EM CALANGO, ... )
Calango do Juá
Pirapó E Cambará
Calangodango no calango do juá
Nunca vi dançar calango
Sem o corpo balançar...

O calango pra ser bom
Tem que ter um remexido
A mulher pra ser honesta
Tem que ter um bom marido
Os homens conquistador
Todos são muito atrevidos...

Calangodango no calango do juá
Nunca vi dançar calango
Sem o corpo balançar...

E se tomar muita cachaça
Tira a gente do zumbido
Um tapa pra derrubar
Tem que ser no pé do ouvido
E a dor quando é demais
Se conhece no gemido...

Calangodango no calango do juá
Nunca vi dançar calango
Sem o corpo balançar...

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segunda-feira, 20 de julho de 2015

BEZERRO

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Tião Carreiro e Pardinho

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CERRADO

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EM GUAREÍ 
CERRADO






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Plantações

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ARROZAL 
( ARROZÁ )


CAFEZAL



FEIJÃO


CANA


UVAS


ROÇA DE MILHO



SOJA
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BELEZA CAIPIRA

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BELEZA CAIPIRA



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PAISAGEM

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MORRO ALEGRE

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Em Guareí, a Caminho do
MORRO ALEGRE






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