terça-feira, 22 de setembro de 2015

Caboclo Na Cidade

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Caboclo Na Cidade 
Compositor: dino franco
Seu moço eu já fui roceiro No triângulo mineiro
Onde eu tinha o meu ranchinho.
Eu tinha uma vida boa Com a Isabel minha patroa
E quatro barrigudinhos.

Eu tinha dois boi carreiros Muito porco no chiqueiro
E um cavalo bom, arriado.
Espingarda cartucheira Quatorze vaca leiteira
E um arrozal no banhado.

Na cidade eu só ia A cada quinze ou vinte dias 
Para vender queijo na feira.
E no demais estava folgado
Todo dia era feriado, pescava a semana inteira.
Muita gente assim me diz
Que não tem mesmo raíz Essa tal felicidade
Então aconteceu isso
Resolvi vender o sítio Pra vir morar na cidade.

Minha filha Sebastiana
Que sempre foi tão bacana Me dá pena da coitada.
Namorou um cabeludo
Que dizia Ter de tudo Mas foi ver não tinha nada.
Se mandou para outras bandas
Ninguém sabe onde ele anda E a filha está abandonada.
Como dói meu coração
Ver a sua situação Nem solteira e nem casada.

Até mesmo a minha velha
Já está mudando de idéia tem que ver como passeia.
Vai tomar banho de praia
Está usando mini-saia E arrancando a sombrancelha.
Nem comigo se incomoda
Quer saber de andar na moda Com as unhas todas vermelhas.
Depois que ficou madura
Começou a usar pintura Credo em cruz que coisa feia.

Voltar "pra" Minas Gerais
Sei que agora não dá mais Acabou o meu dinheiro.
Que saudade da palhoça
Eu sonho com a minha roça No triângulo mineiro.
Nem sei como se deu isso
Quando eu vendi o sítio Para vir morar na cidade.
Seu moço naquele dia
Eu vendi minha família E a minha felicidade!




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No Lugar Aonde Eu Moro

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No Lugar Aonde Eu Moro 
Compositor: Zé do Rancho e Ricieri Faccioli

No lugar aonde eu moro eu levo uma vida boa
Não há uma só pessoa que eu não tenha amizade
Onde a natureza canta na mais perfeita harmonia
Ela que faz os meus dias na maior tranquilidade

No lugar aonde eu moro precisa ver que paisagem
Se quiser faça viagem para um dia conhecer
Já chamei de meu recanto o meu sítio, meu paraíso
Mas acho que é preciso de outras coisas dizer

No lugar aonde eu moro a lua nasce mais cedo
Lá o céu não tem segredo, toda a beleza se vê
O clarão que vem do céu dos astros do infinito
Precisa ver que bonito pra nunca mais esquecer

No lugar aonde eu moro tem tudo que um dia quis
Lá eu vivo bem feliz sem companhia dos meus
Tenho a beleza das flores, respiro o ar perfumado
É meu cantinho adorado abençoado por Deus


Link: http://www.vagalume.com.br/ze-do-rancho-ze-do-pinho/no-lugar-aonde-eu-moro.html#ixzz3mWcFsUqm

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Meu Sítio, Meu Paraíso

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Meu Sítio, Meu Paraíso 


Quanto mais o tempo passa, mais aumenta a vontade
De deixar esta cidade e voltar pro interior
No lugar de fumaceira, desta vida agitada
Quero andar pela invernada e sentir cheiro de flor

É isso que vou fazer, não fico mais indeciso
Volto a viver no mato, meu sítio, meu paraíso

Aos domingos lá no sítio é daqui bem diferente
A gente passa contente, arrodeado de amigos
Pescando e jogando malha, oh! tanta felicidade
É por isso que a saudade até hoje está comigo

É isso ...

De manhã quando levanto, não me levanto sozinho
Pois escuto os passarinhos, alegrando as madrugadas
Feliz vou lá pro curral, recolho as vacas leiteiras
Eu adoro a barulheira e mugir da bezerrada

É isso ...

Quando é de tardezinha, pego a traia de pescar
Com a matula no embornal, eu vou lá pro ribeirão
Jogo farelo no poço, a peixarada se assanha
Só eu que conheço a manha pego peixe de montão

É isso ...
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Carro de Boi

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Carro de Boi 

Compositor: Tonico E Tinoco

Meu véio carro de boi
Pouco a pouco apodreceno
Na chuca sor e sereno
Sozinho aqui desprezado
Hoje ninguém mais se alembra
Que ocê abria picada
Abrindo novas estrada
Formano vila e povoado

Meu véio carro de boi
Trabaiaste tantos ano
O progresso comandano
No transporte do sertão
Hoje é um traste véio
Apodreceu no relento
No museu do esquecimento
Na consciência do patrão

Meu véio carro de boi
A sua cantiga amarga
No peso bruto da carga
O seu botão rigidô
Meu véio carro de boi
Quantas coisa ocê retrata
A estrada e a verde mata
E o tempo do meu amor

Meu véio carro de boi
É o fim da estrada comprida
Puxando a carga da vida
A mais pesada bagage
E abraçando ocabeçaio
O nome dos boi dizeno
O carreiro foi morreno
Chegou no fim da viage

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Caminheiro

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Caminheiro 
Compositor: Jack

Caminheiro que lá vai indo, no rumo da minha terra, 
por favor faça parada na casa branca da serra. 
Ali mora uma velhinha chorando um filho seu, 
essa velha é minha mãe e o seu filho sou eu.

Óh! Caminheiro, Leva este recado meu!

Por favor diga pra mãe zelar bem do que é meu, 
cuidar bem do meu cavalo que o finado pai me deu, 
o meu cachorro campeiro, meu galo índio brigador,
 minha velha espingarda e o violão chorador.

Óh! Caminheiro, Me faça este favor!

Caminheiro, diga pra mãe para não se preocupar, 
se Deus quiser este ano eu consigo me formar, 
eu pegando meu diploma vou trazer ela pra cá, 
mas se eu for mau nos estudos vou deixar 
tudo e volto pra lá.

Óh! Caminheiro, Não esqueça de avisar! (4x)

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Cavalo Zaino

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Cavalo Zaino 
Compositor: Raul Torres

Tenho meu cavalo Zaino que na raia é corredor, 
Já correu quinze carreira, todas quinze ele ganhou, 
Eu sorto na quadra e meia meu Zaino vem no galope, 
Chega três corpo na frente nunca precisa chicote, 
Oi, que cavalo bão, oi, que cavalo bão ! 

Tenho meu cavalo Zaino que na raia é corredor, 
Já correu quinze carreira, todas quinze ele ganhou, 
Quiseram comprar meu Zaino por trinta notas de cem, 
Não há dinheiro que pague o macho que eu quero bem, 
Oi, que cavalo bão, oi, que cavalo bão ! 

Tenho meu cavalo Zaino que na raia é corredor, 
Já correu quinze carreira, todas quinze ele ganhou, 
Um dia roubaram meu Zaino fiquei sem meu pareeiro, 
Meu Zaino na mão de outro nunca mais chega primeiro, 
Oi, que cavalo bão, oi, que cavalo bão !

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